Monday, September 14, 2009

Eu fiquei olhando você balbuciar todas aquelas palavras pela décima vez tentando me mostrar uma explicação, enquanto você falava eu olhava e já sabia que não ia entender. Foi a décima vez e eu simplesmente não entendi, mas então você me conquistou mais uma vez perdi a vontade de querer entender. E quando você falou no meu ouvido: -Vamos viver o agora. Essa foi a minha sentença eu só queria viver ali, pra sempre ali. É assim que se vive o agora? Esqueci de perguntar, esqueci de tentar entender. Quando entrei no meu carro e você arrancou no seu vi você indo pra longe depressa e eu fiquei ali estática onde estava o agora de tão pouco tempo atrás? E me peguei cheia de dúvidas apenas cinco minutos depois de você ter arrancado depressa. Por mais que eu queira que você se sinta tão mal quanto eu, quando eu olho pra você só lembro do quanto esperei e rezei pra estar pelo menos mais uma vez do seu lado. Depois de conversar com pessoas importantes pedi pra Deus para Ele me ajudar a entender, porque aceitar a gente aceita o dificil mesmo é entender e se humilhar pedindo a explicação. Eu aposto em covardia e egoísmo, porque só o medo e o pensamento de tirar o próprio da reta que explicam atitudes estranhas e inexplicáveis. Cansei de pensar, estou em um momento de exaustão, quero realmente me desligar, sem stand by; eu quero me desligar da tomada. Um namoro acaba de repente sim, e quando acaba assim deixa a gente com as lágrimas pulando, com um aperto no peito, com um embrulho no estômago, e com uma cara de quero mais. Quero mais uma explicação, quero mais um telefonema, quero mais uma declaração, quero mais paz, quero mais espiritualidade, quero mais força, quero mais certeza...

Wednesday, September 09, 2009

Faz muito tempo que não sento para escrever, que não sento pra pensar realmente no que tenho sentido. Faz muito tempo que evito esse confronto, faz tempo que evito diagnosticar e vomitar tudo que passa dentro de mim. Junto com várias outras coisas que esqueci nesses tempos, esqueci da importância de ser importante pra mim mesma, esqueci de estar bem comigo mesma antes de sorrir pra o objeto que me cegou e entorpeceu. Não fui vitimada por esse objeto aliás eu adorei toda a cegueira e todo torpor, e me deixei levar eu assinei embaixo e me permiti, foi bom pra mim. Mas ás vezes a gente perde os limites, esquece o chão, se entrega como se nunca houvesse devolução. Demorou mas chegou, me botaram a placa de devolvida, a mesma que eu sempre botei quando me convinha. Mas como a vida mostra todos os dias ninguém tem sempre a razão, nem a palavra final, eu estou aqui com essa placa pendurada no pescoço com cara de otária.
Hoje pela primeira vez me perguntei: como eu, o calor em pessoa, fui gostar de duas pedras de gelo? Para se contrapôr talvez, para parar de ser tão quente para deixar um pouco de ser eu, porque ser a gente o tempo todo ás vezes é um saco. Mas em um certo momento a gente vê, que não da pra negar a gente muito tempo, senão a gente fica infeliz mesmo tendo todos os motivos pra ter uma felicidade imensa. A gente só percebe isso quando a felicidade imensa vai embora, que aquele fundo de infelicidade sempre esteve ali, que todas as vezes que a minha quentura encontrava o gelo, me gelava também. Junto com a devolução, eu perdi todas as preciosas demonstrações de amor, eu perdi todo amor puro, perdi toda a perfeição de um ano e três meses, perdi o encanto, perdi tudo aquilo que foi a minha vida e eu tenho certeza que jamais serão de novo. Mas ninguém só perde. Eu ganhei valorizar um sorriso meu sozinha, eu ganhei ser feliz comigo mesma, eu ganhei auto estima, ganhei a sensação de ser valorizada e importante, ganhei o sorriso de todos aqueles os quais me afastei, ganhei força, ganhei fé, ganhei amor de pessoas que eu mal conhecia, ganhei não sentir mais indiferença, ganhei não sofrer mais com as brigas. Eu
encontrei uma felicidade que achei que tinha morrido, ela não dura o tempo todo mas me satisfaz.